PALAVRA DE FÉ com Padre Dione Piza: “O que é preciso para ser feliz?”

Felicidade é um conceito tão frágil, que às vezes, nem sabemos se somos felizes ou não! As páginas bíblicas estão recheadas de conselhos, que junto com a busca da santidade, que é a verdadeira felicidade, traz também dicas para termos uma vida feliz.

 

Prova disso é a narrativa de Lucas 14,7-14: nesta perícope, Jesus está em um jantar em um sábado, ou precisamente o fim do sábado, quando judeu após um dia de oração e meditação realiza uma celebração festiva chamada em hebraico de HAVDALÁ. Neste contexto, Jesus se vale de uma cena curiosa para um ensinamento espiritual: observando que alguns convidados se assentavam nos primeiros lugares, ensina a escolhermos os mais inferiores, a fim de que, se formos achados dignos de estar nos primeiros, sejamos convidados para ocupá-los.

Partindo desta comparação, podemos entender a vida como uma grande festa, o dono da festa é o próprio Deus, e os convidados são as nossas comunidades religiosas e civis.

 

O segredo da felicidade está escondido nos versículos 12-14. Nestes, Jesus faz uma nova comparação: quanto se ofertar uma grande festa, os convidados não devem ser aqueles que possivelmente nos convidaria para uma festa igual, ou no popular mineiro, os convidados não deveriam ser aqueles que poderiam “pagar o dia” na mesma moeda: assim finaliza o texto “feliz de ti, porque não podem pagar te”! Mas qual seria o segredo?

 

Simples! Na maior parte da vida, nossos problemas advém justamente da nossa necessidade em querer ser ou parecer os primeiros: queremos ser os mais belos, ricos, elegantes, inteligentes, bem sucedidos… Para esta finalidade amos toda a vida trabalhando e correndo em busca de coisas, status, aparências e filtros! Quando, na verdade, o segredo está em ser feliz onde quer que estejamos, e seja lá com o que temos!

 

Não espere a melhor casa, o melhor carro, o melhor emprego, a melhor aparência para ser feliz! Escolha ser feliz, mesmo não sendo o primeiro e o melhor de todos!

 

Finalizo com um poema que gosto muito: não conheço o seu autor, por isso credito-o conforme encontrei na internet, Bernardo Alves seria o nome por detrás desta peça literária, teológica, filosófica e psicológica. O poema chama-se “Pés de galinha”:

 

“ei a infância toda
Achando que a minha mãe
Gostava de pés de galinha,
Comia com tanto gosto
Chupava até os ossinhos.
“Ninguém come os pés, são meus”- dizia
Toda a carne dividia
Peito, coxas e titela,
Fígado, coração e muela,
Mas os pés, os pés era só pra ela.
Depois de todos servidos,
Então sentava e comia.
Mas o tempo foi ando,
A criançada crescendo,
Os maiores trabalhando,
A vida foi melhorando.
Depois de uma infância dura
Começamos Ter fartura.
Vi minha mãe na cozinha
Tratando de uma galinha
E ao contrário de outrora
Flagrei aquela velhinha
Jogando os pezinhos fora
Ao notar o meu espanto
Aquele coração santo
Da minha doce mãezinha
Apressou-se em explicar:
“Nunca gostei do tal do pé de galinha”
É que a carne era tão pouca,
Prá tantas bocas não dava,
E prá você não ficar triste
Eu fingia que gostava.”

 

De fato, talvez observando tantas e tantas mãezinhas, entendemos esta página do Evangelho: uma mãe escolhe ficar em segundo lugar, ou até mesmo no último, simplesmente porque ama, e é muito feliz amando!

 

Padre Dione Piza

Pároco da Paróquia São Sebastião de Juruaia/MG

 

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