Acusado confessou a autoria e pediu perdão às vítimas
Na terça-feira (03), teve grande repercussão regional a notícia de que foram feitas ameças contra as vidas do prefeito reeleito, vice-prefeito eleito e membros da equipe do Executivo de Juruaia. O fato aconteceu no domingo (01), quando duas cartas foram encontradas, através das quais o autor acusou os agentes de terem interferido na eleição de outubro no município, supostamente prejudicando um candidato a vereador. Ele disse: “Isso não vai ficar assim. Vocês vão pagar com a vida”.
O fato foi levado ao conhecimento da Polícia Civil, que agiu rápido, identificou e interrogou o suspeito, que confessou a prática do crime. O delegado Dr. Adnan Cassiano Grava revelou os detalhes à nossa reportagem.
A autoridade confirmou que ameaças foram dirigidas ao prefeito reeleito Celso Marques Júnior (“Celsinho”), vereador e vice-prefeito eleito Antônio Carlos Gonçalves Marques (“Tal”), Thiago Mambrini (Chefe de Gabinete do Executivo) e empresário/político João Paraná. As ameaças de morte e alguns xingamentos foram veiculados através de duas cartas manuscritas. As cartas foram entregues em duas casas dos alvos, nos bairros Jardim Ângela e Rua dos Marques.
Diante dos fatos, a partir de domingo, as Polícias Civil e Militar iniciaram os procedimentos de investigação através de algumas diligências. Já a partir de segunda-feira (02), a Polícia Civil tomou a frente da investigação de forma constitucional. Por fim, na quarta-feira (03), foi possível desvendar a autoria do crime.
“Um morador de Juruaia confessou a autoria do crime durante interrogatório na minha sala da delegacia em Muzambinho. Disse que praticou o crime, escrevendo as cartas, uma com caneta vermelha e outra com caneta preta”, revelou o delegado. O acusado confessou que escreveu as cartas oito dias antes de serem entregues. Que estava insatisfeito politicamente, alegando ainda que não gostava das pessoas (alvos). Porém, afirmou que jamais atentaria com as vidas das vítimas, sendo que agiu apenas em “tom de desabafo”. Confessou ainda que foi ele mesmo que “atirou” as cartas dentro de um saco plástico branco, a pé, por volta das 5 horas da manhã do domingo, nas casas de alguns dos alvos. “Inclusive, atribuiu que foi uma doideira da cabeça dele”, acrescentou o delegado.
Dr. Adnan ainda relatou que o autor falou com o prefeito, Tal e Thiago Mambrini, pedindo perdão pelos atos praticados. Mesmo assim, a Polícia Civil está concluindo os procedimentos de polícia judiciária com a autoria certa e definida.
“Caso superado e que sirva de exemplo para novos aventureiros que se arvoram nestes casos parecidos, que nós vamos descobrir. Ninguém ameaça prefeito ou primeiro escalão da prefeitura ou quem quer que seja autoridade e a impune”, alertou o delegado.
O acusado confesso, um homem de 54 anos de idade, foi ouvido e liberado. Conforme informações, foi perdoado pelo prefeito, vice e demais vítimas.
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