Fábio Anderson continua a produzir arte de qualidade. Dessa vez, morando em Poços de Caldas, Fábio acompanha a Banda Vitrine, formada por jovens músicos que compõem a nova cena musical da bela cidade turística.
A banda é formada pelo cantor e guitarrista Luiz Junqueira, pelo baterista Thiago Silva e pelo baixista Miguel Heartmann. E os rapazes estrearam show num espaço inusitado e promissor, o Mercadão Municipal de Poços de Caldas, que há poucos anos abriu seu mezanino para a chegada de bares de muito sucesso; caso do Mamute Rock Beer, que recebeu o rock da Vitrine nesses dias 2 e 3 de maio, e já promete novo encontro para breve.
A atual formação da banda vem de agosto de 2024, quando ainda se chamava Garçons, e vem surpreendendo com interpretações inspiradas de músicos e conjuntos dos anos 1980 e 1990. Os mais saudosistas não se contêm com o som oitentista de RPM, Legião Urbana, Paralamas do Sucesso, Cazuza, Lobão, além das estrangeiras Pink Floyd, The Police, Duran Duran. Luiz Junqueira se anima ao falar da paixão pelos anos dourados do rock, “desde muito menino eu acompanho o som de meus pais, e entendo que ali há algo de revolucionário e cativante”, diz, “a música dos anos 80 e 90 era um choque de inspiração com certo código de conduta mais ou menos contracultural, e isso falava diretamente com todo brasileiro, de todos os estados da nação”, analisa, “o rock daquele momento fez contracultura muito bem, e até hoje deve ser reverenciado como algo novo”.
Assim, a banda vem confirmar o que já se sabia, a ideia de abrir espaço para o novo e inusitado, que é mérito da istração do Mercado Municipal e dos donos de bares daquele festivo mezanino, é lembrete de que toda a atração poços-caldense é sinônimo de sucesso. Cláudio, proprietário do Mamute Rock Beer, é só elogios à banda e incentiva o som dos oitenta e noventa, majoritariamente rock and roll. O baterista Thiago Silva explica, “a turma do rock daquela época há de ser reconhecida como o melhor momento do rock brasileiro”, comenta com empolgação, “acho mesmo que está em pé de igualdade com a virada com o pós-tropicalismo que começa nos Mutantes de Rita Lee e termina em Raul Seixas”. Miguel Heartmenn, dedilhando seu baixo, completa, “foram dois períodos em que conseguiram decodificar tudo o que acontecia à sua volta e remontaram as peças de um discurso totalmente próprio, seja no Brasil ou no mundo”.
O rock estrangeiro também é motivo de inspiração para os rapazes da banda, já que a década de 1980 é reverenciada frequentemente, como a era dourada para o rock norte americano e inglês, principalmente, um período em que a música atingiu novos patamares de diversidade e influência.
Fábio Anderson é só elogio aos moços roqueiros, “além do teatro, a música sempre me inspirou. Sempre tive vontade de produzir algo relacionado à arte que eu menos sei fazer”, se diverte. “O Luiz me convidou para dar uma força ao grupo dele, e eu não sei dizer não para quem tem arte na veia. Eles são muito musicais”, confirma.
As decisões tanto do Mamute Rock Beer quanto do Mercadão são saudáveis e fazem de Poços de Caldas esse caldeirão de possibilidades. Vale uma visita ao espaço, vale conhecer o caminho da banda que promete mais e mais shows de sucesso.
Os bares do Mercado Municipal apresentam todo tipo de sonoridade, mas majoritariamente o rock. Vale a visita.
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